Os meus parabéns à Pumpkin (e dois conselhos para quem os quiser)

As pessoas simpáticas e empreendedoras por trás da Pumpkin pediram-me para contribuir para a Mini-Enciclopédia para Famílias Felizes, um ebook que fizeram para comemorar o 6º aniversário do portal, e que reune textos de pessoas conceituadas como o pediatra Mário Cordeiro, pessoas inspiradoras como a Magda Gomes Dias, muitas outras que não tenho tempo para adjectivar, e eu. O resultado foi o texto que reproduzo aí abaixo, porque a informação quer ser livre e tal, mas que pode ser ainda mais facilmente admirado se forem lá descarregar o ebook para arrumar na vossa estante virtual.

O mote para o texto era “um conselho de pai para pai”.

Conselhos à Paisana

Tenho dois conselhos que são tanto para mim, que ainda sou um principiante nisto, como para outros pais (que estejam interessados neles), ou até pessoas em geral. Não são os melhores
conselhos, ou os mais profundos, ou os mais engraçados, mas são duas ideias que também têm crescido comigo nestes últimos quatro anos, e que têm mudado a minha forma de estar
na vida, e de ser pai.

O primeiro é sobre a aceitação. Aceitar, e descobrir, a riqueza interior dos nossos filhos é uma experiência fantástica, sobretudo quando nos confronta com as suas diferenças, os seus defeitos
– e, claro, os nossos. É um processo de crescimento e descoberta que, desconfio, nunca vai terminar. Aceitar, até abraçar, esta diferença, esta fragilidade, é uma sensação incrível. Uma
sensação de força, mas também de vulnerabilidade. Ser pai é lixado. Mas também é espectacular.

O segundo é sobre a gratidão. Não sou uma pessoa religiosa, mas começo a perceber o ritual de ‘dar graças’ que algumas comunidades espirituais têm. Todos os dias os meus filhos, e
a minha família, ensinam-me muito sobre o significado da gratidão, de estar grato. Ensinam-me que o importante da vida é aquilo que conseguimos ser (felizes, bons, curiosos, etc.) e não o que
conseguimos ter (casas grandes, carros potentes, etc.). Ou que um piquenique em família num jardim qualquer de Lisboa pode guardar uma memória tão especial como jantar fora numa cidade estrangeira. Ou que uma ida ao parque “especial” do fim de semana pode ser tão divertida como ir à Euro Disney. E que a capacidade de nos sentirmos gratos e, consequentemente, de saber viver e
sermos felizes, é um dos maiores bens que podemos ter – e dos principais valores que lhes devemos tentar passar.

Por fim, termino com uma citação que resume bem isto, e que a Internet diz ser do Kurt Vonnegut, um dos meus escritores preferidos, mas, que na verdade, e também de acordo com a
Internet, é de uma pessoa chamada Robert Brault: “Aproveita as pequenas coisas da vida porque um dia irás olhar para trás e perceber que elas eram as grandes coisas”*.

*e que acaba por trazer um conselho bónus, mas também super importante, que é não acreditar em tudo o que se diz por aí (dentro ou fora da Internet).

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