Quando vi a lista de possíveis temas para escrever mais uma crónica para o Lifecooler, não foi díficil decidir pela “Semana da Livraria”.
Sempre que penso no que era o mundo sem internet, lembro-me do papel que as livrarias, as papelarias, as lojas de discos, os videoclubes, etc., tinham como “pontos de acesso” na minha relação com o mundo exterior. Isso e serem sítios onde se podem comprar livros, o que só por si já é óptimo.
Gostava imenso de pôr o monóculo e dizer que as livrarias eram os templos da literatura onde eu ía descobrir os grandes mestres do canône, mas as secções onde eu passava mais tempo eram as de banda desenhada, de cinema, de música, de humor, de divulgação científica, de história, de livros em inglês, e depois as outras (excepto “Esoterismo”). Acho que tinha material para escrever outra crónica sobre livrarias, mas o que queria mesmo dizer era para irem ler:
[…]Lembro-me de ficar fascinado com o caos livresco, e subterrâneo, da Livraria Galileu, em Cascais (e de, uma vez, ter comprado lá livros do urso Petzi). Também me lembro de descobrir o meu primeiro livro do Robert Rankin, um dos autores que mais me faz rir, numa livraria de rua na Parede, onde só entrei uma vez na vida. Ou de obrigar o meu pai, com um ar meio consternado, a comprar-me um Manual Prático do Vampirismo na Bertrand do CascaiShopping. […]
E, falando em pais que pensam WTF-o-que-se-passa-na-cabeça-deste-miúdo, estava à espera de ter justificação para partilhar estas imagens há muito tempo:
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