‘Catastrophe’, assistir a um parto natural

Na dinâmica (cada vez mais discreta) de ver séries lá em casa, há claramente uma época de Inverno e uma de Verão. Tem a ver com a própria sazonalidade das temporadas televisivas, mas também com o hábito de, na época estival, ir repescar coisas interessantes que nos possam ter passado fora do radar (como aconteceu com o divertido You’re the Worst).

Uma das nossas séries deste Verão foi o Catastrophe, uma comédia britânica sobre um encontro de sexo casual que resulta numa gravidez inesperadaChamou-me a atenção o facto de ser escrita e protagonizada por um comediante americano, o Rob Delaney (de quem tinha boa impressão), e por uma actriz, realizadora e argumentista irlandesa, a Sharon Horgan (de quem fiquei com óptima impressão).

ea

Vimos a primeira temporada completa, que em série inglesa são só seis episódios, e posso dizer-vos que é muito engraçada. Não é engraçada por ser sobre gravidezes ou parentalidades, mas sim porque é estupidamente bem escrita e interpretada, com partes iguais e disfuncionais de comédia e tragédia.

Sabem aquele momento em que estão a ver pela primeira vez uma série, e de repente percebem que vão ter de ver mais? Tipo quando o piloto do Lost é sugado pela janela? Ou os Flight of the Conchords começam a cantar o Most Beautiful Girl in The Room no meio de uma cena aborrecida?

Com o Catastrophe foi este diálogo, entre o Rob e um amigo da Sharon, que ele acabou de conhecer, e que inclui esta descrição sobre assistir a um parto natural:

Confesso que gostava de ter sido a primeira pessoa no mundo a ter escrito: “vês aquele pequeno troll a escorregar para fora da pachacha da tua mulher numa onda de cagalhões, […]”, mas é por isso que o Delaney e a Horgan são profissionais de comédia, e eu não.

E agora? Podem ir à página dos melhores posts (escolhidos por mim), subscrever o blogue por e-mail (se forem esse tipo de pessoa), ou fazer 'gosto' na página do Facebook e ter acesso a mais paisanices:

8 Comments

  1. Boa, não conheço, mas também tenho que inventar um slot de tempo para conseguir ampliar a secção séries (andamos na ‘diversão’ que é espreitar a série Dead Zone com 10 anos de delay).

    Ainda assim, a palavra chave aí é ‘tobogganing’. Delicioso.

  2. Não comento a série, que não conheço, comento a situação descrita. Por alguma razão, a não ser que o pai da criança seja a única pessoa disponível para ajudar no parto, é que o seu lugar é ao lado da mãe, junto à cabeça dela, sem acesso visual à zona “minada”…

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*


Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.