Sugiro-vos a leitura deste artigo – The last word: Forgotten baby syndrome – sobre as assustadoras estatísticas das 15 a 25 mortes por ano que acontecem nos Estados Unidos, devido a bebés esquecidos em carros. A temática é horrível, mas a peça, além de interessante, é um exemplo incrível de jornalismo. Informativa, emotiva, bem-escrita e inteligente.
What kind of person forgets a baby? The wealthy do, it turns out. And the poor, and the middle class. Parents of all ages and ethnicities do it. Mothers are just as likely to do it as fathers. It happens to the chronically absent-minded and to the fanatically organized, to the college-educated and to the marginally literate. Last year it happened three times in one day, the worst day so far in the worst year so far in a phenomenon that gives no sign of abating.
Daqui – http://theweek.com/article/index/94741/the-last-word-forgotten-baby-syndrome
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O artigo está muito bom. Li qualquer coisa sobre o assunto da última vez que aconteceu em Portugal, creio que algo escrito pelo Dr. Mário Cordeiro e fiquei muito impressionada. Eu sou daquelas que acha que pertence ao clube das pessoas a quem isto nunca aconteceria (na minha família os bebés não são sossegadinhos, vão sempre “na conversa” e nunca, mas nunca, dormem em trajectos curtos…), mas quando se começam a ler as explicações científicas e se vê que até podia ser possível… Horrível.
este é um tema que me assusta tanto… e em que a velha máxima nunca digas nunca se aplica…
Angustiante, no mínimo… E assustador.
Que artigo tão bom… E assustador também, mas muito verdadeiro. Pode mesmo acontecer a cada um de nós, pais. Eu já dei por mim a fazer o caminho para o trabalho em vez de o fazer para a creche. Apercebi-me assim que virei à esquerda, em vez de à direita. Mas e se não me tivesse apercebido? O cansaço por vezes é muito e realmente enquanto conduzimos pensamos em 20 mil coisas so mesmo tempo. Porque estas histórias me assustam imenso e porque sou uma pessoa que se distrai com imensa facilidade, vou o caminho todo a falar com o meu filho.
Lembro-me de ser míuda e o meu irmão me ir levar à escola naquele dia. Adormeci no carro e eu, que estudava no Restelo dei por mim e já estava na Av. Da Liberdade. Quando lhe perguntei se ele estava bem ele olhou para mim como se eu tivesse aparecido dentro do carro por magia… Pode acontecer a qyalquer pessoa sim!
Obrigada por esta partilha. Tenho três filhos pequenos e esta deve ser a primeira vez que penso: “Ainda bem que não conduzo!”…
Não vou escrever nenhuma solução, porque não a tenho, mas ocorreu-me que os fabricantes de automóveis podiam inventar um sistema, opcional, que gritasse “Bebé! Bebé”, quando se trancasse o carro, ou uma mensagem a piscar algures, qualquer coisa que fizesse de alerta. Depois de ler este artigo, se conduzisse e tivesse um bebé, acho que arranjaria uma cartolina ou uma moldura de plástico a dizer “O Bebé?” e colocá-la-ia no lugar mais inoportuno do carro, (em cima da minha mala, por exemplo), de modo a aumentar as probabilidades de o ver e não deixar a criança no carro. Lembrei-me de várias amigas, também mães, que o que fazem é deixar a própria mala no banco de trás, mesmo quando estão sem as crianças, de modo que automatizam o ter de ir ao banco de trás, o que pode fazer a diferença num dia potencialmente fatídico.
Independentemente de tudo isto, pode à mesma acontecer a qualquer pessoa!
Gostei de ler, mas é um tema inquietante pela frequência com que acontece. Se deixar um animal fechado num carro num dia quente é uma violência o que dizer de quem esquece uma criança por horas, muitas vezes com desfechos infelizmente dramáticos….